domingo, 20 de dezembro de 2009

REFUNCIONALIZAÇÕES...






Harvey em seu livro A Produção Capitalista do Espaço (2005) diz que “a acumulação do capital sempre foi uma ocorrência profundamente geográfica. Sem as possibilidades inerentes da expansão geográfica, da reorganização espacial e do desenvolvimento geográfico desigual, o capitalismo, há muito tempo, teria deixado de funcionar como sistema econômico político.”
Neste contexto, a inserção desigual de diversos territórios e formações sociais no mercado mundial capitalista, no meio técnico-científico-informacional (SANTOS, 1996) criaram uma geografia mundial da acumulação do capital onde a refuncionalização de centros urbanos se configura, no atual período histórico, como um dos elementos mais significativos da organização e do uso das cidades em escala global. Surgido nas décadas de 50 e 60 em algumas metrópoles da Europa e Estados Unidos pelo viés de revitalizações habitacionais degradadas, a partir de meados da década de 90 este processo se difundiu no meio urbano de cidades brasileiras e assumiu posição de destaque entre as estratégias de atração de investimentos, acumulação de capital e mercantilização do uso das cidades.

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